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Como dimensionar as caixas acústicas em um projeto de sonorização

As caixas acústicas são aparelhos utilizados em um sistema de som para impedir interferências destrutivas que possam comprometer a qualidade do som. São fundamentais em uma sonorização de ambientes e devem ser escolhidas de maneira adequada para aumentar as chances de uma instalação bem sucedida.

A qualidade do som obtido a partir de um sistema ambiente depende de alguns fatores. Questões como o tipo dos equipamentos escolhidos e seu padrão construtivo, a eficiência e o histórico de desempenho da marca escolhida, os componentes que integram os aparelhos, a área onde ele será instalado e o tratamento acústico adequado são alguns deles, mas não só estes. 

Eles também não devem ser analisados de forma isolada, porque são complementares; logo, de nada adiantará investir todos os recursos disponíveis na melhoria do ambiente e economizar em caixas acústicas, por exemplo.

Como você já leu por aqui, os bons resultados dependem, claro, de um bom planejamento técnico com a execução dos cálculos corretos. Mas não se pode esquecer de pesquisar, conhecer e oferecer para o cliente as últimas novidades no desenvolvimento de alto-falantes, caixas, arandelas e outras estruturas destinadas à propagação sonora. É uma ação que exige muita atenção para garantir que a solução exposta não será sobrecarregada nem subutilizada por conta da demanda.

Seja em ambientes residenciais ou comerciais, esse equipamento pode fazer toda a diferença no projeto. Pensando em oferecer um serviço de qualidade para os seus clientes, confira um guia completo sobre caixas acústicas para sonorização de ambientes e saiba mais detalhes sobre o assunto.

O que são caixas acústicas e como funcionam?

As caixas acústicas são aparelhos que impedem a mistura das ondas sonoras dianteiras e traseiras emitidas pelos alto-falantes. Desta forma, ela impede que ocorra uma interferência destrutiva que pode anular o som.

São usadas para propagar o som e melhorar a acústica de um ambiente ou da reprodução sonora em resposta de frequência e em tempo de resposta. Em sua maioria, possuem mais de um alto-falante e o objetivo é abranger melhor todas as faixas do espectro audível, que vai de 20 Hertz (Hz) até 20 mil Hz na audição humana.

As unidades pequenas são chamadas de tweeters, e emitem sons mais agudos; as médias frequências são propagadas pelos mid-ranges, unidade que costuma ser maior que os tweeters mas não têm capacidade de produzir sons graves mais pesados.

Os woofers são mais largos, geralmente mais profundos e de dimensões gerais maiores que os “médios”. Eles precisam impulsionar grande quantidade de ar para produzir graves de impacto, comuns em músicas eletrônicas e outros estilos.

Essas características técnicas ajudam a definir como cada caixa vai se comportar na prática, mas é importante otimizar o uso por meio da escolha correta do modelo conforme o espaço a ser sonorizado. Isso significa que alguns entendimentos, sobretudo os baseados no senso comum e que não consideram os aspectos técnicos da dinâmica dos sons, precisam ser revistos.

Um deles é o que diz que quanto mais caixas de som, melhor para a potência desejada. Esse pensamento é equivocado e pode, se for colocado em prática no ambiente indevido, prejudicar muito a experiência final obtida. Cada caixa produz ondas mecânicas que estimulam o ouvido humano de uma determinada forma. Se não houver uma atenção especial ao comportamento de cada uma, o som pode ficar distorcido, alto demais, muito baixo ou provocar efeitos como reverberações e eco no ambiente.

Quando as caixas de som acústicas são indicadas?

As caixas acústicas podem ser caixas de sobrepor ou de embutir e a sua indicação depende de alguns fatores importantes, como o tipo de ambiente, tamanho, elementos que compõem o espaço, objetivo do cliente, entre outros.

Um ambiente fechado, por exemplo, recebe indicações de equipamentos diferentes de ambientes abertos. A indicação para o uso em apartamentos menores ou casas, também pode ser diferente nesses casos. 

Elas podem ser usadas tanto em projetos residenciais, quanto comerciais, se adaptando a lojas, academias, restaurantes e outros ambientes que possam receber a sonorização. São equipamentos úteis e essenciais para melhorar a qualidade do sistema de som local.

Para indicar as melhores caixas e a quantidade e disposição correta no ambiente, é fundamental conhecer o projeto, entender as necessidades e preferências do cliente para que o serviço seja bem direcionado e eficiente.

Quais são os principais tipos de caixas acústicas?

Existem vários fatores que determinam os tipos de caixas de som acústicas, como o modelo, a potência, a faixa de frequência, o tipo de espectro e o de transdutor. São produzidas em material espesso e pesado, visando reduzir a vibração interna.

Também deve ter a superfície interna coberta por materiais absorventes acústicos, com o objetivo de reduzir a reflexão das ondas sonoras produzidas na parte traseira dos alto-falantes. Confira a seguir os tipos de caixas acústicas disponíveis no mercado.

Caixa simples

É um tipo de caixa feita sem preocupação com a acústica, sendo uma caixa de som simples que serve de suporte para o alto-falante. 

Caixa ativa e passiva

A caixa de som ativa possui um tipo de amplificador embutido que auxilia na conexão a uma caixa de som passiva. Isso porque a caixa de som passiva só funciona quando conectada a um amplificador externo. Ao serem conectadas, caixas ativas e passivas funcionam como um sistema de som completo.

Caixa fechada

Desde que seja hermeticamente fechada, pode ter qualquer formato. Foi pensada para evitar que o ar escape da caixa durante a movimentação do alto-falante com a saída de som. 

Para auxiliar na absorção das ondas estacionárias produzidas pela parte traseira dos alto-falantes, toda a caixa é preenchida com um material de amortecimento de som.

Defletor (Bafflee infinito)

É um modelo feito para desviar as ondas sonoras produzidas na parte posterior do alto-falante. É uma caixa fechada e selada que absorve a onda sonora traseira e evita que o som saia da caixa.

Refletor de graves (Bass-reflex)

Possui uma ou mais portas ou dutos abertos em seu gabinete, com o objetivo de canalizar as baixas frequências produzidas nos alto-falantes e melhorar a qualidade do som. São muito recomendadas para pessoas que buscam uma boa reprodução dos sons graves da caixa.

Caixa passa-banda (Caixa band pass)

Essas caixas possuem um gabinete com a parte da frente ventilada e a parte traseira selada e é exatamente onde o subwoofer é encontrado.

Favorecem os graves na composição do som, uma vez que possuem dois compartimentos separados: um à frente do woofer e outro na parte traseira.

Caixas cornetas

São modelos maiores, feitos com uma bobina móvel e um ímã fixo que servem para converter uma parte do sinal vindo do amplificador em energia acústica. 

Entre o local em que a caixa se abre e o seu núcleo, existe um grande campo magnético que aplica corrente diretamente por meio da bobina.

Sonofletores de múltiplas vias (falantes múltiplos full-range)

São um tipo de caixa de som acústica mais complexo, compostas por um circuito passivo que determina as frequências certas a serem enviadas para o alto-falante correto. Dessa forma, protegem o elemento de sobrecarga e reduzem a distorção do som.

A qualidade do som nesses casos é melhor porque cada alto-falante reproduz apenas uma parte do espectro de frequência. A qualidade superior também se deve ao fato de possuírem mid-rangers, woofers e tweeters em seu interior.

Como escolher a melhor caixa de som acústica para o seu projeto?

Escolher as melhores caixas acústicas para o seu projeto é uma tarefa que precisa ser avaliada e deve-se levar alguns fatores importantes em consideração. Ter um conhecimento prévio sobre as características do ambiente pode ser um diferencial e tanto na hora de selecionar os melhores equipamentos.

Inicialmente, é preciso definir se a sonorização é residencial ou comercial, pois é uma questão que pode influenciar no direcionamento dos equipamentos. Em um ambiente comercial, por exemplo, a sonorização será usada com mais frequência e exige um tipo de instalação diferente.

Outro fator importante nesses casos, é o tamanho do ambiente a ser sonorizado. A quantidade de caixas e o posicionamento delas no espaço podem interferir no resultado final do projeto, sendo uma etapa importante do processo.

Ambientes abertos requerem caixas mais resistentes, pois podem ficar expostas à luz do sol, espaços de lazer com piscina, chuva e etc. Nesses casos, recomenda-se ao cliente investir em equipamentos de maior qualidade para evitar problemas futuros.

Também podem ser indicadas caixas maiores e com potência maior para esse tipo de espaço, uma vez que exigem um uso mais amplo do local. Existem muitos modelos de caixas acústicas no mercado, com diferentes configurações e design que podem ser incluídas nos projetos de sonorização em ambientes externos.

Ambientes comerciais, por exemplo, necessitam de equipamentos diferentes para garantir uma boa qualidade do som. Caixas menores e mais discretas, podem ser uma boa opção nesses casos, uma vez que o som é utilizado de maneira ambiente.

A Frahm oferece a criação de projetos de forma totalmente gratuita e personalizada, pensando nas características do espaço a ser sonorizado e as preferências do consumidor. Pode ser um serviço útil, que vai poupar o seu tempo e melhorar o atendimento oferecido ao seu cliente.

Como calcular a quantidade necessária de caixas acústicas em cada projeto?

Como você já leu neste texto, há diversos tipos de caixas acústicas disponíveis no mercado: arandelas, ativas, passivas, dutadas, seladas e outros modelos — cada um destinado a uma aplicação e com uma curva de desempenho específica. Antes de comprar baseado apenas em critérios estéticos ou financeiros, analise bem algumas informações:

  • O tamanho do pé direito do ambiente;
  • A presença de ruídos internos ou externos e como isso pode interferir na percepção do som produzido pelas caixas;
  • O tipo de mobiliário disponível — se há carpetes, cortinas, qual é o layout da área;
  • Qual é o objetivo do sistema de sonorização que será instalado ali — comércio, residência, etc.;
  • O volume final que o consumidor deseja obter e que tipo de frequências ele quer destacar.

A partir da análise destes pontos, que deve ser feita preferencialmente in loco, você terá uma capacidade mais precisa de determinar quais equipamentos serão necessários e, principalmente, que tipo de caixas acústicas poderão ser instaladas.

Instalação de caixas acústicas: dicas para fazer adequadamente

A instalação das caixas acústicas de sobrepor é recomendada quando o teto não possui forro. Sendo assim, são presas na parede lateral, coluna ou na cobertura. Podem ser também posicionadas em cima de algum móvel no local. 

Devem ser posicionadas de maneira estratégica para que a distribuição de som no local aconteça de maneira uniforme. É preciso evitar obstáculos que impedem uma boa propagação do som, assim como o posicionamento próximo à paredes, pois os graves podem ser exagerados e as frequências mais baixas serem reforçadas.

É essencial estar atento aos tipos de conexões, cabos e tipos de fixação das caixas acústicas. Uma boa instalação pode garantir que a conclusão do projeto seja um sucesso e a satisfação do cliente com um atendimento de qualidade.

Manutenção e cuidados necessários com as caixas acústicas

Existem alguns cuidados importantes a serem aplicados com as caixas acústicas, por isso é fundamental recomendar ao seu cliente esse tipo de atitude para aumentar a durabilidade dos produtos.

Normalmente, o manual de instruções que acompanha esse tipo de equipamento, conta com informações úteis para uma boa utilização do material. Estar atento à voltagem das tomadas também pode evitar danos maiores.

Recomenda-se que seja limpa a poeira do equipamento, que pode ser feita com um espanador ou pano seco, visando evitar o acúmulo de sujeira nos alto-falantes. A limpeza não deve ser feita com líquidos, ainda que a caixa seja resistente à água.  Ao limpar os aparelhos, é importante não aplicar muita força para evitar danos aos alto-falantes. 

Utilizar as caixas acústicas da maneira correta, evitar quedas, exposição a materiais químicos e manter a limpeza adequada do equipamento, pode garantir que elas tenham um tempo de vida útil muito maior.

Sendo assim, esteja atento a esses detalhes e informe ao seu cliente essas dicas que podem contribuir com o sucesso do projeto.

Agora que você já sabe tudo sobre as caixas acústicas para sonorização de ambientes, que tal receber um projeto totalmente personalizado e gratuito para ajudar os seus clientes nesse processo?

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